O último dia do XXXIX Simpósio de Filosofia e do V Simpósio de Teologia da FAVI (26 de outubro) começou com uma apresentação da cantora Cláudia de Lima Andrade, que também é apresentadora da TV Evangelizar, e do musicista Douglas Martins.

Na sequência, nove alunos apresentaram seus trabalhos, com temas diversos, na área da filosofia. “Este é um momento muito importante, porque aqui na Faculdade Vicentina nós formamos pesquisadores”, afirmou o professor Edimar Brígido, coordenador científico do evento. “Que possamos nos sentir provocados a revisitar nossos conceitos”, desejou no início das apresentações.

Após o intervalo, Dr. Bortolo Valle – professor da FAVI, da PUCPR e da UNICURITIBA – conduziu a conferência de encerramento, intitulada “A misericórdia em tempos de pós-verdade”.

Além de resgatar a trajetória histórica dos conceitos de pós-modernidade, pós-humano e pós-verdade, o professor compartilhou com a plateia algumas questões instigantes, tais como: “É possível falar de verdade fora de uma narração?”; “Onde estamos?; “Como sair do lugar onde estamos?”. Também apresentou quatro características principais das narrativas contemporâneas, que são rápidas, icônicas, vistas como mercadorias e, muitas vezes, delirantes (isto é, a mesma informação pode causar conforto ou desconforto de acordo com a necessidade de quem a recebe, conforme o que esta pessoa busca).

“Nunca a sociedade esteve tão apegada a narrativas do passado ou narrativas sobre um futuro desprovido de sentido”, refletiu o palestrante. Para ele, as respostas para os desafios do presente passam pelas dimensões do cuidado e da empatia, pelos compromissos que cada um tem consigo mesmo e com o outro. “O cuidado é o grande apelo social, filosófico, religioso e político destes tempos de pós-verdade”, disse Bortolo.

Ao final da conferência, professor Edimar também instigou os presentes a se questionarem: “Que mundo é este que ajudamos a construir, a partir das narrativas que reproduzimos?”. E encerrou sua fala apresentando o quadro “A verdade saindo do poço”, de Jean-Leon Gérôme, pintado em 1896, inspirado em uma fábula sobre a verdade (que se apresentaria nua e crua, nem sempre aceita) e a mentira (que, usando as vestes da verdade, circularia mais facilmente pela sociedade).

No discurso de encerramento do evento, o aluno Felipe Teider de Godoi, presidente do Centro Acadêmico Vicentino de Filosofia (CAVIF), fez um agradecimento aos participantes do Simpósio e todos aqueles que colaboraram para sua viabilização, em especial aos professores da FAVI, à Arquidiocese de Curitiba, à Editora Ave-Maria e à Rede Evangelizar de Comunicação.

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Fotos: Geovanni C. De Luca