O Propedêutico no Doc. 55 da CNBB
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em suas Diretrizes Básicas da Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil, de 1994, ressalta como deve ser a formação do Propedêutico. Segue abaixo alguns pontos que justificam um estudo mais aprofundado e institucionalizado para o propedêutico.
Cresce o número de jovens que ingressam na formação presbiteral após ter completado o segundo grau, sem passar pelo Seminário Menor ou por grupos vocacionais. De um lado, este fato é sinal de um enriquecimento, sendo muitas vezes estes candidatos portadores de experiência de fé viva e madura e de séria bagagem cultural; por outro lado, não raramente verifica-se uma discrepância, que se manifesta por diversos fatores.
Ø uma visão fragmentada da própria experiência de vida e da sociedade;
Ø o atual ensino do 1° e 2° graus não contribui para modificar essa situação;
Ø grande fragilidade das convicções básicas humanas e de fé, mesmo naqueles que vêm de experiências de vida cristã de nossas comunidades eclesiais;
Ø carência de uma iniciação à vida comunitária;
Torna-se, assim, necessário, cada vez mais, um período de preparação dos candidatos antes de ingressarem no Seminário Maior, até mesmo para aqueles que vêm do Seminário Menor e de grupos vocacionais.
Esse período denominado Propedêutico, “tempo de preparação humana, cristã, intelectual e espiritual para os candidatos ao Seminário Maior” (PDV 62), em vista de um discernimento vocacional, seja organizado como uma instituição autônoma, distinta e articulada com as outras etapas da formação, levando em consideração as seguintes indicações:
Ø residência ou local próprio, com programação específica;
Ø não inferior a um ano;
Ø após o 2º grau;
Ø uma equipe responsável, valorizando a presença de leigos, homens e mulheres (PDV 66)31.(...)
(...)Para capacitar os candidatos ao Seminário Maior e suprir as suas deficiências de ensino, recomenda-se introduzir ou reforçar alguns aspectos da dimensão intelectual, visando, ainda, amenizar o impacto que a filosofia freqüentemente exerce sobre os iniciantes:
Ø metodologia de estudos;
Ø português: gramática, redação e literatura;
Ø uma língua estrangeira moderna;
Ø ciências sociais: história, geografia e política;
Ø cultura brasileira;
Ø formação da consciência crítica da realidade;
Ø música, artes sacras, cultura popular e teatro;
Ø noções de liturgia e espiritualidade;
Ø introdução ao Mistério de Cristo e da Igreja, podendo basear-se no Catecismo da Igreja Católica.(...)
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